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Estudantes reclamam da falta de sensação de segurança no campus da UFRJ

Este deveria ser o título/chamada desta reportagem (onde eu apareço hohohoho) feita pela Globo:

Estudantes reclamam dos assaltos frequentes no campus da UFRJ

Assaltos não são frequentes (pelo menos não comigo, nem com o Bola, nem com ninguém que eles conversaram la no dia que eu conheço. Talvez outra pessoa tenha dito isso), pena que eles tenham entendido isso.

Eu realmente queria colocar uma imagem aqui.

Já fui uma penca de vezes para o Fundão aos sábados (treinamento da maratona e tarefas do GRIS) e nunca me aconteceu nada (ainda bem). Assim como já fui embora muitas vezes bem tarde e nada aconteceu.

O que os estudantes e funcionários da UFRJ, emho, sentem falta é da sensação de segurança, que é passada pela presença da Polícia. Ou seja, o que eu “desabafei” durante a reportagem:

“Mas passa um tempo e o policiamento cai, então hoje a gente não tem muitos carros fazendo a patrulha, não tem mais a Polícia Montada ou então raramente”

Ou seja, existe… mas não é presente.

Mesmo com o que o comandante do 17º BPM disse:

“Segundo o comandante do 17º BPM, o policiamento do Fundão foi reforçado. Ainda de acordo com a PM, o Fundão conta com patrulhamento de viaturas 24 horas, policiamento transportado em ônibus urbanos, Polícia Montada e apoio do Batalhão de Polícia Rodoviária no principal acesso ao campus.”

Caso isso fosse 100% verdade, o incidente de sábado não teria acontecido. (Creio eu que seja uma lógica simples.) Uma patrulha que ficasse rondando o fundão a cada 30 minutos teria impedido a ação dos bandidos.

Talvez tenha sido um deslize, algum erro de logística, troca de turnos, não sei… acontece, mas mostra que não é 24 horas como dito.

(E sim, existem patrulhas nas saídas do fundão, ou melhor dizendo na Linha Amarela e Linha Vermelha, quase sempre. Novamente, o problema é a segurança dentro do campus.)

Vou dizer a vocês que em 2006 quando entrei para a UFRJ – me sinto velho dizendo isso – eu tinha *medo* da Linha Amarela, chamada de “faixa de gaza” em um trecho, eu inclusive já:

  • Fiquei parado no meio de um tiroteio dentro de uma van que ia pro Fundão.
  • Passando de carro de manhã, vi um outro carro metralhado e os miolos do motorista estourados.

Não são situações agradáveis. Mas hoje eu realmente não tenho *medo* de andar na Linha Amarela, pois eu vejo a presença da polícia. Passa uma sensação de segurança, que tem alguém ali cuidando de você. E é exatamente isso que queremos pro Fundão (e pro resto do Rio de Janeiro… mas temos um problema de cidade demais para policiais de menos eu acho).

Eu como cidadão do Rio de Janeiro, quero que a Polícia represente a prevenção dos crimes e não simplesmente a resposta a eles. Quero passar por um local com patrulhas e pensar que aquele local é seguro pois existe a presença da Polícia e não que porque a Polícia está ali, então o local deve ter alguma coisa de ruim (bem ruim, ruim o suficiente para o comando da PM reforçar o policiamento).

Eu quero acreditar numa Polícia presente, que represente a segurança. E acho que foi essa o desabafo que tentei fazer, mas no curto período da reportagem (aliado a minha alta desenvoltura de falar para uma câmera) não permitiu :)

PS: Por fim, eu gostaria de dizer que achei perfeito a atuação da DISEG, em se preocupar em resguardar a segurança das pessoas que estavam no Fundão e não tentar entrar em confronto com os bandidos (que é função da Polícia).

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  1. fevereiro 24, 2011 às 7:24 am
  2. maio 22, 2011 às 12:49 pm

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